quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Forjado no Fogo

"Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo. Por isso também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; E quem nela crer não será confundido. E assim para vós, os que credes, é preciosa, mas, para os rebeldes, A pedra que os edificadores reprovaram, Essa foi a principal da esquina, E uma pedra de tropeço e rocha de escândalo," 1 Pedro 2:5-8

Falam que a noite é mais escura antes de amanhecer e também que muitas coisas são levadas ao caos para que estejam prontas. A verdade é que sem fogo elevado não se forja uma bela espada, e em algumas vidas só o fogo não é suficiente.

E é assim que surge o ferreiro com golpes violentos, tal violência gera em nós, revolta e incompreensão ofuscando a verdadeira intenção do que trabalha a ferro e fogo: uma espada perfeita. Ele sabe que nem todo metal pode resistir ao fogo e aos golpes, por isso ele procura uma matéria bruta bem resistente e foi assim que achou você.

Tenha calma você não é um azarado, é um instrumento do qual o ferreiro vai se gabar, pois traz forjado em si toda a perícia daquele que trabalha sem descansar. E tudo isso ocorre dentro de você. Entretanto o material tem que ser bruto, de outra for não haveria glória para o artista.

Na verdade você deve estar pensando! E logo eu fui escolhido pra essa droga! É! Mas muitos estão reclamando por não terem uma vida gloriosa. São aqueles que rejeitaram o ardor do fogo e jamais desfrutarão o resplendor do refinamento, só lês resta aplaudir os escolhidos e perguntarem: porque eu não cheguei ali?

A pedra polida.
 
Em Pescadeiro, na costa da Califórnia, há uma famosa praia. A onda vem e bate com seu rugido constante, sobre as pedrinhas que tem por lá, chacoalhando e ressoando! Elas são arrastadas impiedosamente pelas ondas e jogadas para um lado e outro, roladas, atiradas umas Contra as outras, e de encontro aos recifes ásperos.

E esse atrito dura dia e noite, sem cessar, nunca há uma pausa. E o resultado?

Turistas de todo o mundo afluem para lá, a fim de catar essas pedras lindas e arredondadas. E elas são postas como enfeites sobre escrivaninhas e em beiras de lareiras, em salas de visitas. Mas vá um pouco mais adiante. CONTORNE AQUELE RECIFE Ali encontrará uma praia quieta, abrigada das tempestades e sempre banhadas pelo sol, Você encontrará abundância de pedrinhas que nunca foram procuradas pelos visitantes.

Por que são deixadas ali sem que ninguém os procure? Pela simples razão de que escaparam à fúria e ao atrito das ondas, e a quietude e a calma os deixaram como eram: ásperos, angulosos e despendidos de beleza. O polimento vem pela tribulação.

Visto que Deus sabe qual a brecha que vamos ocupar, confiemos nele para nos preparar para ela. Já que ele sabe que trabalho iremos fazer e o que iremos receber, confiemos nele para nos adestrar

No Neolítico, as comunidades tinham aperfeiçoado ainda melhor as suas ferramentas e armas de pedra:

Machados para derrubar árvores das florestas,

Enxós para trabalhar os campos,

Mós para triturar os cereais recolhidos,

Pontas de seta para derrubar com flechas certeiras caça grande e pequena.

A pedra servia para uma enorme diversidade de usos – desde a construção de muralhas, cabanas habitacionais e complexos espaços funerários – até à elaboração de pequeníssimos objectos, como os pendentes reproduzidos em cima.

Salomão edificou o templo com pedras grandes, pedras preciosas e pedras lavradas. Em Atos 17.24 diz: “Deus, que fez o mundo e tudo o que nele existe, é o Senhor do céu e da terra e não mora em templos feitos por seres humanos”.

Certamente é necessário que exista um desgaste nessa pedra, é necessário um trabalho de polimento, um trabalho artesanal. Podemos associar este trabalho ao discipulado, à prestação de contas, ao companheiro de jugo. Entendendo que somos trabalhados pelo Senhor, que somos “lavrados” pelo Senhor, e que o Senhor também deseja nos usar neste processo, podemos pensar o quanto podemos ser úteis nas mãos dEle

Pedras Polidas através:

De provações

De tentações

De reprovações

Da persistência

Da dor e sofrimento

De relacionamento entre irmãos

De relacionamento entre marido e mulher

De relacionamento entre patrão e empregado

De relacionamento entre pai e filho

De relacionamento entre discípulo e discipulador

De relacionamento com Deus através de espera e paciência

Da disciplina – Deus ama e por isso disciplina.

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